Atuação muito boa do Joseph Gordon-Levitt.
https://drive.google.com/drive/folders/0B1nxYXqworhtMF9sWm5wM2JyYjg?usp=sharing
Quando A Ponta de um Crime (Brick) chegou aos cinemas, em 2005, Joseph Gordon-Levitt ainda era basicamente o garotinho da série 30 Rock from the Sun (mesmo tentando alterar esta imagem um ano antes, em 2004, em Mistérios da Carne) e Rian Johnson era um estreante em longas-metragem do qual ninguém ouvira falar. Aliás, dizer que Brick 'chegou aos cinemas" já é, em si, um exagero: lançado em apenas 21 telas, o filme ficaria cerca de três meses em cartaz, alcançando, em seu pico, 45 salas e uma arrecadação de pouco mais de dois milhões de dólares.
Mas não demorou muito até que fosse redescoberto em DVD e se transformasse em cult, alavancando a carreiar de seu diretor (que, por sinal, está dirigindo o próximo Star Wars) e de seu protagonista.
O sucesso foi mais do que merecido: também escrito por Johnson, Brick usava a superfície de um gênero para explorar outro: ambientado em um colégio e estrelado por adolescentes (ou jovens adultos se passando por adolescentes), o longa assumia a aparência de uma comédia adolescente enquanto, em seus diálogos, em sua estrutura e sua trama, resgatava as convenções do noir. Era como se subitamente estivéssemos vendo uma prequel na qual o Samuel Spade de Humphrey Bogart tivesse 16 anos e, no lugar do falcão maltês, tentasse desvendar o assassinato de uma ex-namorada.
Da narração carregada de cinismo do herói à figura sombria do vilão interpretado por Lukas Haas (que até então era apenas o garotinho de A Testemunha), Brick é uma pequena obra-prima que homenageia o Cinema sem deixar, com isso, de estabelecer sua própria personalidade.
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